I - Contextualização da Proposta

1.   Razões para a criação do Curso;

Este curso conjunto do ELACH e A Oficina é o único no país a oferecer uma formação na área das artes performativas que promove a profissionalização através de uma prática artística laboratorial. Representa uma oportunidade única de combinar as competências académicas, de gestão e artísticas das duas instituições e permitir aos estudantes produzir trabalhos artísticos de elevada qualidade num contexto de realidade profissional. O curso de especialização distingue-se em originalidade por cruzar a esfera do ensino em artes performativas com uma instituição cultural dedicada à produção e apresentação de obras de palco. A Oficina é um organismo que reúne, debaixo da sua gestão e projeto artístico, múltiplos equipamentos culturais, e que convoca para as suas atividades uma vasta equipa de profissionais qualificados do sector da cultura, que têm servido Guimarães e a Região do Minho, assim como os seus artistas e públicos. A sinergia entre ELACH e A Oficina que decorre do curso de especialização procura contribuir para a criação e captação de novos agentes teatrais e culturais na Região do Minho e oferecer igualmente uma continuidade pedagógica fortalecida aos alunos da Licenciatura em Teatro da ELACH. O Curso de especialização tem assim vocação orientar e apoiar os projetos artísticos dos alunos, assim como a sua produção num contexto de criação colaborativa, conferindo aos projetos (desenvolvidos ao longo do curso), um acompanhamento teórico, prático, técnico, artístico e financeiro, supervisionados por docentes, formadores e mentores.

2.   Enquadramento institucional do Curso

A Universidade do Minho reforçou a importância da formação artística nas artes performativas com a criação da Licenciatura em Teatro em 2012, tendo, em 2021, o Instituto de Letras e Ciências Humanas alterado o seu nome para Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas (ELACH) como forma de reconhecer a importância da formação artística para a sua missão. Por outro lado, o ELACH e a Universidade do Minho têm apostado na colaboração entre instituições culturais da região e a UM, incluindo figuras ligadas às instituições culturais nos seus órgãos de gestão. Este curso assentará na promoção do ensino artístico ao nível do 2º ciclo em colaboração com uma instituição cultural de referência.

3.   Justificação da parceria

A Oficina é um parceiro importante deste curso dado a sua experiência na programação, produção e circulação de projetos artísticos de palco, ao nível regional, nacional e internacional. Nascida em 1989, A Oficina gere e programa o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, o Centro Cultural Vila Flor com o seu Palácio do século XVIII, a Casa da Memória de Guimarães, o Centro de Criação de Candoso e a Black Box na Fábrica ASA, o Teatro Oficina e um serviço de Educação e Mediação Cultural. É responsável pela organização dos festivais GUIdance, Westway Lab, Festivais Gil Vicente, Manta e Guimarães Jazz. Na cidade, organiza a Feira de Artesanato e as Festas da Cidade e Gualterianas. A salvaguarda do Património e Artesanato manifesta-se ainda na Loja Oficina, e, desde há 30 anos, no seu nome social: Centro de Artes e Mesteres Tradicionais de Guimarães. A Oficina gere assim vastos saberes técnicos e artísticos, dispondo de uma equipa de profissionais qualificados no sector da cultura. A Oficina pensa e propõe, através dos seus equipamentos, uma programação artística e um projeto de mediação cultural que permite actuar como um verdadeiro instrumento de desenvolvimento cultural do território e, pela sua capacidade de intervenção, um parceiro das mais múltiplas dinâmicas artísticas e culturais locais, regionais, nacionais e internacionais, potenciando uma nova centralidade cultural no panorama artístico nacional e internacional. É por isso um parceiro privilegiado para desenvolver o curso de especialização e cumprir os seus objetivos.

4.   Objetivos gerais do Curso

O curso visa a (1) capacitar os alunos com conhecimentos artísticos e técnicos necessários ao desenvolvimento de um projeto artístico, bem como apresentá-lo com sucesso a instituições culturais nacionais e internacionais; (2) capacitar os alunos de autonomia de supervisão para tomarem decisões relativas à gestão de recursos artísticos, técnicos, e financeiros; (3) apoiar o aluno na elaboração e execução de um projeto artístico com a finalidade da sua apresentação pública; (4) fornecer aos alunos uma experiência profissional na área das artes performativas por meio de estágios profissionais (5) oferecer mentoria profissional aos estudantes que desejem trabalhar na prática, teoria e enveredar por uma carreira no mundo das artes performativas contemporâneas.

5.   Condições de acesso e de ingresso no Curso

O curso destina-se a cidadãos portugueses e estrangeiros, com licenciatura em artes performativas (e áreas afins), ou artistas/criadores das artes performativas com um currículo artístico relevante, consolidado ou em fase de consolidação.

6.   Perfil de formação a facultar pelo Curso, incluindo resultados de aprendizagem

 O curso de especialização procura desenvolver no aluno as seguintes capacidades

• Comunicar as caraterísticas principais do seu trabalho artístico desenvolvido em projeto escrito e oral;
• Descrever o mapa dos principais agentes e estruturas artísticas (seus papéis, cargos e funções) que compõem o sector das artes performativas portuguesas e internacionais;
• Elaborar um projeto artístico com os elementos que compõe um dossiê de produção, bem como um quadro orçamental de receita e despesa;
• Elaborar um calendário de produção, em diálogo com o projeto artístico e quadros orçamentais;
• Identificar as principais fontes de financiamento para a produção cultural em Portugal;
• Utilizar metodologias de trabalho artístico, em termos processuais, e tomar decisões técnicas e estéticas;
• Executar o projeto artístico, participando das fases de ensaios e ensaios técnicos, assim como da sua apresentação enquanto intérprete e co-autor da obra;
• Criar um projeto artístico em regime colaborativo;
• Caraterizar as principais estéticas performativas nacionais e internacionais contemporâneas;
• Investigar o trabalho artístico de outros criadores contemporâneos;

7.   Local e regime de funcionamento (cf. artigo 132.º do RAUM)

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada (CAFPG), Universidade do Minho.

A Oficina (Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Centro Cultural Vila Flor, Centro de Criação de Candoso, Teatro Oficina).

Regime de Funcionamento: B-learning

8.   Disponibilidade de recursos humanos, técnicos e materiais

Recursos humanos da UM (docentes);

Recursos humanos d’A Oficina (docentes, produtor, técnicos e equipa artística);

II - Caracterização geral do Curso

1.   Designação do Curso

Português: Práticas Artísticas em Contextos Profissionais nas Artes Performativas

2.   Tipo de Curso

Curso de Formação Especializada

3.   Unidade Orgânica(s) proponente(s)

Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas

4.   Instituição(ões) parceira(s)

Participantes: A Oficina
Responsável: Micael de Oliveira
Apoio e colaboração: estruturas/companhias de teatro e dança (a definir)

5.   Diretor do ciclo de estudos

Francesca Clare Rayner, Professora Associada, contratação definitiva, ELACH.

6.   Equipa docente do Curso

7.   Área científica do Curso

Estudos Teatrais

8.   Número de créditos ECTS necessário à obtenção do Diploma

30 ECTS

9.    Designação do Diploma conferido pelo Curso

Diploma de Formação Especializada em Práticas Performativas

10.    Duração do Curso

2 semestres

11.   Língua de trabalho

Português e Inglês

12.   Número de vagas proposto

15

13.   Horário de funcionamento (cf. artigo 132.º do RAUM)

Misto.

14.    Modalidade de funcionamento (cf. artigo 132.º do RAUM)

 B-learning

15.   Concentração no tempo (cf. artigo 132.º do RAUM)

Regime intensivo

III – Estrutura e funcionamento do Curso

16.    Estrutura Curricular

17.    Plano de estudos

18.   Locais de Estágio

A Oficina (Guimarães) e demais instituições parceiras do curso.

IV - ANEXOS

4.1 - Ficha do Curso ou Fichas de UC

Designação do Curso ou da Unidade Curricular (UC)

PT: Práticas Performativas Contemporâneas
EN: Contemporary Performance Practices

Docente responsável e número e tipo de horas que leciona

Francesca Clare Rayner S:60

Outros docentes que lecionam a UC 

Enquadramento Curricular e Objetivo geral da UC 

Esta UC tem como objetivo contextualizar a experiência artística dos alunos em diversas correntes teóricas contemporâneas na área dos Estudos Performativos.

Resultados de aprendizagem

No final da Unidade Curricular, os alunos devem ser capazes de:

• Mapear possíveis relações entre a reflexão e a criação nas artes performativas;
• Enquadrar o trabalho artístico em correntes teóricas contemporâneas;
• Interpretar práticas artísticas à luz das diversas correntes teóricas;
• Aplicar conceitos teóricos ao trabalho artístico;
• Posicionar-se face às caraterísticas principais da contemporaneidade nas artes performativas;
• Comunicar os resultados de um projeto de investigação.

Conteúdos programáticos

• Do ator ao performer;
  
• Performance e Participação;
  
• Corpo, género e sexualidade;
  
• Dramaturgias do Real;
• A descolonização das artes performativas.

Metodologias de ensino e aprendizagem

Uso predominante de uma metodologia participativa, com recurso a estudos de caso e às experiências dos formandos. Esta metodologia permite contextualizar as aprendizagens, interligando as contribuições teóricas à realidade vivida no mundo profissional. Convida também à reflexão crítica sobre a prática.
Os recursos à disposição dos formandos incluem a utilização da plataforma e-learning da UM no qual o material de estudo disponibilizado aos formandos será disponibilizado.

Metodologias de avaliação das aprendizagens

A avaliação será efetuada pela apresentação de um portefólio final (50%-60%) e respetiva apresentação (30%-40%), com a aplicação dos conhecimentos à realidade profissional dos formandos. Neste relatório estarão reunidos um conjunto de instrumentos, reflexões e análises efetuados ao longo do semestre que serão adaptados à realidade individual dos participantes

Bibliografia principal

• AUSLANDER, Philip (1997) From Acting to Performance: Essays in Modernism and Postmodernism. London and New York: Routledge
• BISHOP, Clare (2012) Artificial Hells: Participatory Art and the Politics of Spectatorship, London: Verso.
• BUTLER, Judith (2017) Problemas de Género: Feminismo e a Subversão da Identidade, Lisboa: Orfeu Negro.
• MARTIN, Carol (ed.) (2010) Dramaturgies of the Real on the World Stage Basingstoke, Hants.: Palgrave MacMillan.
• SOUSA SANTOS, Boaventura de e Maria Paula Meneses (coord) Epistemologias do Sul, Coimbra: Centro de Estudos Sociais.
  

Designação do Curso ou da Unidade Curricular (UC)

PT: Gestão de Projeto Artístico
EN: Artistic Project Management

Docente responsável e número e tipo de horas que leciona

Francisco Neves S: 60

Outros docentes que lecionam a UC 

Enquadramento Curricular e Objetivo geral da UC 

Esta UC tem como objetivo transmitir saberes teóricos e práticos sobre as principais etapas e aspectos relacionados com a criação e desenvolvimento de um projeto de gestão vocacionado para a criação artística nas artes performativas. 

Resultados de aprendizagem

No final da Unidade Curricular, os alunos devem ser capazes de:

• Conhecer e dialogar com os principais agentes e estruturas no sector da cultura e da criação artística em território nacional e internacional.
• Elaborar um projeto de gestão de projeto artístico;
• Enquadrar e defender publicamente um projeto artístico, apresentando as suas linhas temáticas, artísticas, orçamentais e um calendário de produção exequível;
• Constituir e gerir, de forma autónoma, uma equipa criativa e de produção;

Conteúdos programáticos

• Financiamento de Projetos Artísticos;
  
• Papéis, cargos e funções de agentes estruturas artísticas 
  
• Identificação de fontes de financiamento nacionais e internacionais 
  
• Candidaturas a Financiamento de Projetos artísticos performativos;
• Elaboração de um projeto artístico 
• Estruturação de equipas de produção 
• Elaboração de um calendário de produção  
• Orçamentos de Projetos Artísticos 
  
• Quadros orçamentais de receita e despesa 
  
• Adequação de objetivos artísticos aos quadros orçamentais e aos recursos de produção 

Metodologias de ensino e aprendizagem

Uso predominante de uma metodologia participativa, com recurso a estudos de caso e às experiências dos formandos. Esta metodologia permite contextualizar as aprendizagens, interligando as contribuições teóricas à realidade vivida no mundo profissional. Convida também à reflexão crítica sobre a prática.
Os recursos à disposição dos formandos incluem a utilização da plataforma e-learning da UM no qual o material de estudo disponibilizado aos formandos será disponibilizado.

Metodologias de avaliação das aprendizagens

A avaliação será efetuada pela apresentação de um portefólio final (50-60%) e respetiva apresentação (30-40%), com a aplicação dos conhecimentos à realidade profissional dos formandos. Neste relatório estarão reunidos um conjunto de instrumentos, reflexões e análises efetuados ao longo do semestre que serão adaptados à realidade individual dos participantes.

Bibliografia principal

• CLÉMENT Jérôme. (2016). L’urgence culturelle. Paris: Grasset 
  
• BYRNES, W. e MARTIN, D. (2003). Management and the arts (3ª Ed.). London: Focal Press 
  
• GIDDENS, A. (2001). Sociologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian 
  
• LEITÃO, C. (2003). Gestão Cultural – Significados e Dilemas na Contemporaneidade. Fortaleza: Banco do Nordeste 
  
• MADEIRA, Cláudia. (2002). Novos Notáveis: os Programadores Culturais. Oeiras: edições Celtas 
  
• RIBEIRO, António Pinto. (2009). À Procura da Escala. Lisboa: Cotovia 
  
• PORTUGAL, J e MARQUES, S (org.). (2003). Gestão Cultural do Território. Porto: Setepés 
  
• TOURAINE, A. (2005). Un Nouveau Paradigme. Paris: Editions Fayard 

Designação do Curso ou da Unidade Curricular (UC)

PT: Projeto Artístico 
EN: Artistic Project

Docente responsável e número e tipo de horas que leciona

Micael de Oliveira PL: 140

Outros docentes que lecionam a UC

Enquadramento Curricular e Objetivo geral da UC

Esta UC procura estruturar as principais etapas e questões estéticas (dramaturgia, teatralidade, performatividade) e técnicas (execução de projeto) de um projeto artístico. A UC oferece ao aluno um espaço para aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de especialização através da elaboração e desenvolvimento de um projeto artístico colectivo, dotado de um orçamento, cuja parte da receita é apoiada (monetariamente e em espécie) pelo curso de especialização, com o objetivo do aluno desenvolver o seu projeto artístico, em contexto profissional. O objetivo geral da UC concentra-se no apoio ao desenvolvimento e execução do projeto artístico por parte do aluno, com vista à consolidação do seu processo criativo e à sua apresentação pública. Tanto a etapa de desenvolvimento do projeto como a da sua apresentação pelos alunos, envolvem o corpo docente do curso. O corpo docente, composto de forma plural, juntam os docentes regentes das UC do curso e professores convidados (encenadores, coreógrafos, performers, intérpretes e outros criativos), por forma a partilharem a sua experiência e saberes técnicos e artísticos e acompanharem em regime de mentoria os projetos dos alunos. O desenvolvimento do projeto e a sua apresentação pública contam ainda com o apoio técnico e pedagógico das equipas técnicas, de produção e artísticas d’A Oficina, instituição parceira do curso de especialização.

Resultados de aprendizagem

No final da Unidade Curricular, os alunos devem ser capazes de:

• Descrever as partes essenciais e constitutivos de um projeto artístico, como um processo colaborativo e interdisciplinar;
• Caracterizar os principais aspetos das áreas artísticas e etapas de produção envolvidos num espetáculo; 
• Desenvolver, de forma autónoma e em colaboração, as principais linhas temáticas e estéticas (escolhas artísticas) do projeto, assente num processo de composição adequado, com vista à criação de um objeto performativo (espetáculo); 
• Aplicar os conhecimentos adquiridos à conceção, elaboração e execução de um projeto artístico, tendo em conta o seu calendário, e seus recursos humanos e financeiros.

Conteúdos programáticos

• Assumir a elaboração conceptual e escrita de um projeto artístico; 
  
• Planeamento e gestão de orçamento, calendário de produção; 
  
• Planeamento e gestão dos recursos técnicos e humanos; 
  
• Laboratórios; 
  
• Dramaturgia e teatralidade (sessões práticas orientadas pelos formadores e mentores convidados);
• Materiais e Composição (sessões práticas orientadas pelos formadores e mentores convidados)
• Linhas temáticas e estéticas do projeto artístico (sessões orientadas pelos docentes regentes e formadores convidados);
• Interpretação (sessões práticas orientadas pelos formadores e mentores convidados);
• Elaboração da execução artística e técnica do projeto;
• Execução do projeto artístico: ensaios e ensaios técnicos;
• Apresentação pública do projeto artístico: ensaio geral e apresentação de espetáculo

Metodologias de ensino e aprendizagem

Uso predominante de uma metodologia participativa, com recurso a estudos de caso e às experiências dos formandos. Esta metodologia permite contextualizar as aprendizagens, interligando as contribuições teóricas à realidade vivida no mundo profissional. Convida também à reflexão crítica sobre a prática.
Os recursos à disposição dos formandos incluem a utilização da plataforma e-learning da UM no qual o material de estudo disponibilizado aos formandos será disponibilizado.

Metodologias de avaliação das aprendizagens

A avaliação será efetuada pela a.) apresentação escrita de um projeto artístico (10-20%), a desenvolver nas primeiras sessões da UC; b.) execução do projeto (40-60%),com apresentação pública (espectáculo) e c.) apresentação de um relatório (10-30%), onde o aluno demonstra ter a aplicado os conhecimentos adquiridos à realidade profissional. Neste relatório escrito estarão reunidos um conjunto de instrumentos, reflexões e análises efetuados ao longo do semestre que serão adaptados à realidade individual dos participantes.

Bibliografia principal

• LANGEARD, C (org). (2015). “Arts, culture et cohésion sociale” in Informations sociales, Paris: Caisse nationale des Allocations familiales 
  
• LEHMANN, Hans-Thies. (2017). Teatro Pós-Dramático. Lisboa: Orfeu Negro 
  
• FICHTER-LICHTE, Erika. (2008). The Transformative Power of Performance. Londres: Routledge 
  
• FOUCAULT, Michel. (1992). O Que é um Autor. Lisboa: edições Vega 
  
• PAIS, Ana. (2004). O Discurso da Cumplicidade. Lisboa: Edições Colibri; 
  
• PAVIS, Patrice (2007). La Mise en Scène Contemporaine : Origines, Tendances, Perspectives. Paris: Armand Colin; 
  
• STEIN, T. e BATHURST, J. (2008). Performing Arts Management. New York: Allworth Press. 

Designação do Curso ou da Unidade Curricular (UC)

PT: Estágio em Práticas Performativas Contemporâneas 
EN: Internship in Contemporary Performance Practices 

Docente responsável e número e tipo de horas que leciona

Francesca Clare Rayner

Outros docentes que lecionam a UC 

Cátia Faísco OT: 8
Micael de Oliveira E: 50
Francisco Neves E: 40

Enquadramento Curricular e Objetivo geral da UC 

A UC Estágio aprofunda as aprendizagens concretizadas ao longo do curso e proporciona aos formandos uma oportunidade de criar, implementar e avaliar um projeto artístico da sua autoria num contexto profissional, dialogando com pares e profissionais do sector, assim como participar em atividades artísticas promovidas pela entidade de acolhimento. 

Resultados de aprendizagem

No final da Unidade Curricular, os alunos devem ser capazes de:

• Refletir criticamente sobre a criação teatral na contemporaneidade 
• Desenvolver (conceber, implementar e gerir) projetos artísticos em contexto profissional 
• Operacionalizar os conhecimentos artísticos, críticos e de gestão adquiridos ao longo das UC oferecidas pelo curso de especialização; 
• Comunicar a urgência e a importância de um projeto artístico para programadores e curadores nacionais e internacionais, assim como avaliar o impacto do seu projeto nos contextos profissionais em que foi desenvolvido. 
• Inserir-se numa estrutura de criação profissional (entidade de acolhimento), adaptando-se às suas exigências e trabalhos artísticos, apoiando o seu trabalho autoral na experiência artística e de produção da entidade que o acolhe, assim como no orientador escolhido para acompanhar o decorrer dos trabalhos;  
• Apoiar e integrar-se nas atividades artísticas da entidade de acolhimento, por forma a aumentar o seu contacto com outras práticas profissionais e performativas; 
• Apresentar para públicos especializados e profissionais o trabalho artístico desenvolvido durante o estágio, em colaboração com orientador e entidade de acolhimento; 

Conteúdos programáticos

• Elaboração de um projeto artístico e de produção finais, com vista à sua apresentação pública e à sua circulação nacional e internacional;
  
• Apresentação sintético do projeto para orientadores internos e externos;
• Reformulação do projeto;
• Apresentação detalhada do projeto para profissionais das artes performativas (programadores, directores artísticos, produtores, críticos, etc.);
  
• Participação em atividades artísticas na entidade de acolhimento;
• Apresentação pública do trabalho artístico desenvolvido durante o curso;
• Relatório de estágio.

Metodologias de ensino e aprendizagem

Os seminários de orientação tutorial, individual ou em grupo, são organizados numa lógica de ação/reflexão, em que os alunos se focam no relato e reflexão acerca do seu projeto. Pretende-se com esta metodologia promover a autoconstrução participada de conhecimentos teóricos, artísticos e de gestão no sentido de desenvolver a sua autonomia profissional.

Metodologias de avaliação das aprendizagens

A avaliação da unidade curricular integra dois componentes. Um componente incide no desempenho profissional dos estudantes em contexto de estágio e contempla o parecer do orientador da instituição onde o estágio decorreu (50-60%). A outra componente incide na realização do relatório final de estágio e sua defesa em provas públicas (40-50%).

Bibliografia principal

• KERSHAW, Baz and NICHOLSON, Helen (ed.) (2011) Research Methods in Theatre and Performance, Edinburgh University Press 
  
• MENDES, João Maria (2015) Aporias Temporárias na Investigação em Artes, Lisboa: Escola Superior de Teatro e Cinema 
  
• NELSON, Robin (ed.) (2013) Practice as Research in the Arts: Principles, Protocols, Pedagogies, Resistances, Bsingstoke, Hants. and New York: Palgrave Macmillan 
  
• Vários autores (2020) A Prática como Investigação: Sinais de Cena - Revista de Estudos de Teatro e Artes Performativas, Série II, Número 4, Lisboa: Orfeu Negro. 
  
• Vários autores (2017) Culture et Recherche, 135 “Scènes de Recherche”, Paris: Ministère da Culture. 
  

4.2 - Ficha(s) Curricular(es) do(s) Docente(s)

Ficha Curricular de Docente

Dados Pessoais

Outros graus académicos ou títulos

Experiência profissional relevante para o Curso (3 referências; últimos 5 anos)

Experiência de investigação relevante para o Curso (3 projetos/artigos; últimos 5 anos)

Módulos / Unidade(s) Curricular(es)

Ficha Curricular de Docente

Dados Pessoais

Outros graus académicos ou títulos

Experiência profissional relevante para o Curso (3 referências; últimos 5 anos)

Experiência de investigação relevante para o Curso (3 projetos/artigos; últimos 5 anos)

Módulos / Unidade(s) Curricular(es)

Ficha Curricular de Docente

Dados Pessoais

Outros graus académicos ou títulos

Experiência profissional relevante para o Curso (3 referências; últimos 5 anos)

Experiência de investigação relevante para o Curso (3 projetos/artigos; últimos 5 anos)

Módulos / Unidade(s) Curricular(es)

Ficha Curricular de Docente

Dados Pessoais

Outros graus académicos ou títulos

Experiência profissional relevante para o Curso (3 referências; últimos 5 anos)

Experiência de investigação relevante para o Curso (3 projetos/artigos; últimos 5 anos)

Módulos / Unidade(s) Curricular(es)

4.3 - Deliberações dos órgãos da(s) UO (ex.: Conselho de Departamento, Conselho Científico, Conselho Pedagógico) com competência legal e estatutária para propor o Curso

4.4 - Protocolos (se aplicável)